sábado, 22 de março de 2014

En el País de la Nube Blanca

Sarah Lark


Opinião:

Descobri este livro na secção de livros em espanhol, numa ida ao Corte Inglês. O título chamou-me desde logo a atenção assim como o facto da acção se desenrolar num país sobre o qual não conhecia muito, a Nova Zelândia. Acabei por descobrir que o livro é, na realidade, o primeiro volume de uma trilogia.

En el País de la Nube Blanca conta-nos a história de Gwyneira e Helena, duas mulheres que se conhecem e tornam amigas durante a viagem rumo a uma nova vida, na Nova Zelândia. Gwyneira é uma jovem indomável, que adora cavalos e, para desgosto da sua mãe, não se interessa minimamente por temas “mais femininos” (bordados, flores, etc.). O seu pai acaba por comprometer o seu futuro ao apostar a mão de Gwyn, durante um jogo de póquer, ao filho de um latifundiário neozelandês. Por seu lado, Helena é uma jovem preceptora, de 27 anos, que sonha casar e ter filhos, dedicando-se por inteiro à família. Ao ler um anúncio num jornal de um fazendeiro solitário que pretende casar-se vê que a mudança na da vida pode estar à distância de uma carta e de uma viagem até ao outro lado do mundo.

Assim começa a viagem que vai mudar a vida de Helena e Gwyneira. O livro começa de mansinho. Inicialmente senti que a narrativa não desenrolava e tinha pouca acção. Mas, após a chegada das protagonistas à Nova Zelândia, parece que se puxa o fio do novelo e as peripécias sucedem-se. Acabei por afeiçoar-me a estas 2 mulheres tão diferentes e no fundo tão iguais.

Gostei imenso dos cenários descritos pela autora e de descobrir mais sobre a febre do ouro daquela época. Fiquei menos agradada com a descrição da caça à baleia e à foca e com a forma desumana como tratam estes animais.

Este foi o 1º livro a sério que li no meu Kobo Touch. Digo a sério, porque En el Pais de la Nube Blanca tem 645 páginas e a única coisa que li antes em formato digital foi uma short-story. Há uns meses achei que nunca irei ser capaz de ler um e-book. Muito menos num dispositivo daquele tipo. Contudo, acabei por me render. Mas, ao longo da leitura, o meu Kobo bloqueou imensas vezes e tinha de o reiniciar. Outras vezes, reiniciava sozinho. Como achei que isto não era normal acabei por ir à loja devolvê-lo, pois estão a ser substituídos por modelos melhores. E agora não é que sinto saudades do bicharoco? Até já tenho alguns e-books em fila de espera para serem lidos quando comprar um Kobo novo.

No fundo, acho que o livro me marcou não só pela história em si, mas também pela minha curta experiência com o Kobo. E confesso… Estou desejosa que saiam os novos modelos para poder ler os outros volumes.



4 ****

Sinopse:

Londres, 1852: dos chicas emprenden la travesía en barco hacia Nueva Zelanda. Para ellas significa el comienzo de una nueva vida como futuras esposas de unos hombres a quienes no conocen. Gwyneira, de origen noble, está prometida al hijo de un magnate de la lana, mientras que Helen, institutriz de profesión, ha respondido a la solicitud de matrimonio de un granjero. Ambas deberán seguir su destino en una tierra a la que se compara con el paraíso. Pero¿ hallarán el amor y la felicidad en el extremo opuesto del mundo? "En el país de la nube blanca", el debut más exitoso de los últimos años en Alemania, es una novela cautivante sobre el amor y el odio, la confianza y la enemistad, y sobre dos familias cuyo sino está unido de forma indisoluble







quinta-feira, 6 de março de 2014

A Rapariga de Papel

Guillaume Musso

Quando termino um livro muito bom e que adorei, apetece-me falar logo de seguida nele a toda a gente. Apetece-me gritar aos 4 ventos o quão maravilhoso o livro é e aconselhá-lo a meio mundo. Quero explicar porque é que gostei tanto daquele livro, o que é que me fascinou mais e porque não queria que acabasse.  
No entanto, ao acabar de ler “A Rapariga de Papel” não foi isso que me aconteceu. O livro deixou-me tão fascinada que nem conseguia dizer nada sobre ele. Foi como se todo o léxico me tivesse sido arrancado e eu não fosse capaz de explicar quão marcante o livro havia sido para mim. Fiquei tão enlevada com esta obra que nem tinha forma de o traduzir em palavras. Acho que agora continuo sem conseguir fazê-lo.

Desconhecia o autor Guillaume Musso, embora já me tivesse sido vivamente recomendado por duas amigas, a Filipa e a Isa. J Mas como a pilha de livros por ler é sempre gigante, não me atrevia a comprar os livros de um autor do qual não sabia se ia gostar. Até porque livros de autores que não conheço tenho eu a rodos, na minha pilha por ler. Ai, mal sabia eu o que estava a perder… Quando a Bertrand publicou “A Rapariga de Papel” fiquei logo com muita vontade de o ler. A sinopse prometia! Mas o que me convenceu completamente foi a fantástica review que a Filipa Moreno fez no seu blogue. A Filipa é bastante exigente nas classificações que dá às suas leituras. E se lhe tinha atribuído 5 estrelas é porque o livro efectivamente as merecia!

Entretanto, acabei por combinar uma leitura com a Isa (que também tinha esta pérola por ler) o que tornou tudo ainda mais interessante. Íamos debatendo os nossos pontos de vista, partilhando a nossa opinião sobre as personagens e as diversas situações.

Então o que tenho eu a dizer sobre o livro? Em primeiro lugar gostei imenso da escrita do autor, pois consegue transportar-nos para a acção e visualizar tudo com imensa clareza. Outro dos méritos (não sei se do autor ou apenas da editora) é o facto de quando uma personagem escreve um bilhete a outra, essa informação nos aparecer com a efectiva aparência de bilhete manuscrito. Isso dá algum realismo e efectividade à narrativa.

Depois acho que o conceito por trás da narrativa está muito bem pensado. Tudo se entronca e faz sentido no final. E aí (embora deteste fazer comparações) não consegui deixar de me lembrar dos livros da colecção Triângulo Jota, do escritor Álvaro Magalhães, em que havia um enigma por descobrir mas no final tudo se deslindava de forma clara e óbvia, apesar de os indícios apontarem noutras direcções.

Não posso deixar de louvar o facto de o escritor ter tido a coragem de redigir uma obra sobre aquele que é o pior pesadelo de alguém que vive da escrita, pânico da página em branco. De olhar para uma folha em branco e não ser capaz de escrever. De sentir que a inspiração lhe foge pelos dedos e se ver confrontado com um vazio de nada ter para dizer ao mundo. Se esta história nasceu dessa dificuldade, então valeu bem a pena que o pânico do autor perante o vazio criativo.

Só tenho mais uma coisa a dizer. Leiam este livro!


Obrigada por tudo Filipa e Isa… J

5 *****

Sinopse:

Há apenas alguns meses, Tom Boyd era um escritor famoso em Los Angeles, apaixonado por uma célebre pianista. Mas na sequência de uma separação demasiado pública, fechou-se em casa, sofrendo de bloqueio artístico e tendo como única companhia o álcool e as drogas. Certa noite, uma desconhecida aparece em sua casa, uma mulher linda e completamente nua. Diz ser Billie, uma personagem dos romances dele, que veio parar ao mundo real devido a um erro de impressão do seu livro mais recente.
A história é uma loucura, mas Tom acaba por acreditar que aquela deve ser de facto a verdadeira Billie. E ela quer fazer um acordo com ele: se ele escrever o seu próximo romance, ela poderá regressar ao mundo da ficção. Em troca, ele ajuda-a a reconquistar a sua amada Aurore. O que tem ele a perder?

domingo, 2 de março de 2014

Uma Oferta Irrecusável

Jill Mansell


Opinião:

Quando estamos tristes não há nada melhor que ler um bom livro, capaz de nos fazer nos arrancar umas gargalhadas sinceras. Os livros da Jill Mansell têm, na minha opinião, esse dom. Deixam-me alegre e com um sorriso na boca. Fazem-me olhar para o lado cómico da vida e encarar as coisas com outra leveza.

Quando comecei a ler “Uma Oferta Irrecusável” estava cheia de entusiasmo. Sofri com a Lola quando ela se viu contra a parede e forçada a aceitar o suborno da mãe de Dougie e fiquei feliz quando ela, passados todos aqueles anos o voltou a reencontrar sem aviso prévio. Mas ao longo do livro o meu entusiasmo foi esmorecendo.

Apesar da Lola ser uma personagem cómica não consegui deixar de a achar um pouco fútil e superficial. E o mesmo se aplica a Sally (a irmã de Dougie) de quem se torna uma grande amiga. No entanto, adorei a genuidade de certas personagens, como Gabe, Nick e E.J.. Regra geral, as personagens masculinas deste romance são muito mais consistentes que as femininas.

Não posso dizer que não gostei desta “oferta” mas não a achei “irrecusável”, ou pelo menos, tão irrecusável como os outros livros da autora que já li.


3 ***


Sinopse:

Lola não pretendia aceitar o suborno da mãe do seu namorado para pôr um fim à relação com ele. Ainda por cima porque a mãe de Dougie é arrogante e insuportável. Mas depois Lola descobre que uma das pessoas que mais ama está desesperada e a única maneira de a ajudar é ficar com o suborno e partir o coração de Dougie. Dez anos depois, Lola reencontra-se com Dougie e descobre que os seus sentimentos por ele estão mais fortes do que nunca. Ela faria tudo para o ter de volta, mas nunca lhe poderá contar a verdade. Mesmo sendo bonita, persuasiva e infinitamente optimista, será que vai conseguir ultrapassar a frieza dele e reconquistar-lhe o coração?