terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Há sempre um livro mais especial numa saga...


Nora Roberts

“Porto de Abrigo”


Autora: Nora Roberts
Chancela: Chá das Cinco
Saga/Série: A Saga da Baía de Chesapeake  Nº: 3
Nº de Páginas: 272



Opinião:

Quando lemos vários livros de uma saga/trilogia é frequente termos um preferido. Há sempre um livro que nos toca mais, quer pela profundidade de sentimentos que desperta em nós quer pelas personagens que o compõem. Há situações em que nos revemos por já as termos vivenciado e há sentimentos ou formas de reagir a essa mesmas situações que reflectem, por vezes, as mais recônditas facetas de nossa maneira de ser.

“Porto de Abrigo” é um livro com o qual me identifiquei bastante. E, dos três livros da saga que li até agora, é o meu preferido. Neste livro a trama densifica e o turbilhão emocional das personagens envolvidas intensifica-se. Adorei conhecer melhor o Phillip e perceber que apesar da infância conturbada ultrapassou os seus traumas. Phillip é um publicitário que está habituado a uma vida recheada de pequenos luxos como um bom vinho, jantares sofisticados e encontros com mulheres deslumbrantes.

Contudo, toda esta boa vida termina quando se vê obrigado a passar a semana em Baltimore, onde trabalha, e passar os fins-de-semana em Chesapeake para ajudar na educação de Seth, o mais novo membro da família Quinn e trabalhar no estaleiro naval que detêm.

O lado feminino da história é pautado por uma personagem, a meu ver, muito bem delineada: a psicóloga Sybil Griffin. Reputada pelos vários livros que tem publicados, Sybil é uma excelente observadora, sempre atenta às pessoas que a rodeiam e aos ambientes em que se move. Inicialmente parece-nos que esta jovem mulher se encontra naquela cidade com o intuito de recolher informações para o seu novo livro. À medida que vamos avançando na leitura percebemos que há um motivo escondido para esta viagem que ao ser revelado vai causar um enorme tumulto na família Quinn.

É nessa altura que ficamos a conhecer a alma de Sybil a nu. Percebemos, então, que a confiante Sybil afinal também possui fraquezas e possui emoções e sentimentos ocultos dos quais nem tinha conhecimento. Não posso deixar de enaltecer o talento da escritora na construção de uma personagem tão real e complexa, de modo que chego a identificar-me com as suas atitudes perante certos problemas.

Até agora este é o livro que considero mais intenso desta saga. Uma verdadeira preciosidade que nos leva a reflectir sobre a nossa verdade interior e a necessidade (ou não) de colocarmos a alma a nu e nos entregarmos aos outros sem pudor.

4 ****


Sinopse:

 

Phillip é o único dos três irmãos Quinn que ainda se mantém solteiro. Com muita força de vontade, vai conseguindo conciliar um emprego exigente com os novos deveres familiares, ou seja, ajudar a cuidar de Seth, o irmão adoptivo. Quando a Dra. Sybil Griffin aparece na vila com o objectivo de pesquisar para um livro que pretende escrever, Phillip não pode deixar de reparar nela, afinal, Sybil é uma mulher misteriosa que agita os seus sentidos e ameaça roubar o seu coração. E se é verdade que Sybil também não pode negar a atracção que sente pelo carismático Phillip, o segredo que a liga ao jovem Seth pode deitar tudo a perder... e destruir a própria família Quinn.

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