Cathleen Schine
Opinião:
Há livros sobre os quais não há
muito a dizer. Sendo que esses livros, normalmente, também não têm nada para
nos dizer…
Este livro andava a “fazer-me
olhinhos” há muitos anos. Na última Feira do Livro de Lisboa decidi-me
(finalmente!!!) a comprá-lo. Como é óbvio, depois de tanto tempo à espera de
ler a famigerada obra o balde de água fria foi grande.
Estava à espera de uma história
interessante sobre Helen, a dona de uma livraria que conseguia influenciar os
seus clientes a lerem aquilo que ela pretendia, até que certo dia recebe uma
carta de amor anónima. A partir daí, a narrativa descamba por completo. Há uma
obsessão louca, quer por parte da autora quer por parte da personagem
principal, pela dita carta. Sempre que Helen vê alguém ou alguma coisa está
constantemente a citar partes da carta, a tentar associá-la a determinadas
pessoas e situações e os devaneios multiplicam-se páginas a fora. Que
desilusão.
2
**
Sinopse:
Divorciada, mãe de uma filha de onze anos, a cativante Helen regressa à
pequena cidade onde cresceu, na costa atlântica dos Estados Unidos, e adquire
uma livraria que pinta de rosa. Tem tudo para se sentir realizada, tudo lhe
corre segundo uma ordem comandada por ela, segura de si no seu jogo de sedução,
uma livraria que é capaz de manipular os seus clientes fazendo-os comprar os
livros que ela lhes quer vender... Contudo, num dia de Verão, uma misteriosa
carta de amor vem perturbar a serenidade do mundo de Helen. Subjugada pelo
poderoso feitiço das palavras enamora-se irremediavelmente, e pouco
convenientemente, por um estudante de vinte anos, Johnny, seu empregado naquele
Verão. Cathleen Schine fez deste livro uma deliciosa e irreverente comédia de
costumes, numa escrita desenvolta na coloquialidade dos diálogos, sem deixar
nada ao acaso.
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