Aurora Boreal
Editora: Booket (Espanhol)
N.º de
Páginas: 381
Opinião:
De
há algum tempo para cá temos assistido a uma onda de literatura policial
nórdica a invadir as prateleiras das livrarias. É enorme a quantidade de livros
que pululam vindos desses distantes (ou não) países frios e que andam a
conquistar os leitores portugueses. Admito que ainda não tinha sido contagiada
por esta vaga nórdica mas que cada vez estava mais curiosa. Cada vez esbarrava
em mais opiniões positivas sobre esta tipologia de literatura ou falava com
alguém que já tinha lido qualquer coisa e tinha gostado.
No
âmbito das minhas aulas de Espanhol pediram-me que escolhessem um livro nessa
mesma língua para ler. Quando me apresentaram “Aurora Boreal” de Asa Larsson
como uma das hipóteses, não hesitei. Ali estava a oportunidade de me estrear na
literatura policial nórdica. Gostei da escrita da autora por ser fluida, e do
facto de a acção estar sempre em movimento. Não há momentos enfadonhos no
livro. Está sempre a acontecer qualquer coisa, estamos sempre a descobrir
alguma peça do “puzzle” crime e a vontade de não largar o livro é grande.
O
livro começa de uma forma enigmática e que me deixou logo com vontade de
desvendar mistérios. E porquê? Porque quando a história começa o narrador
descreve um homem, Viktor Stråndgard que se encontra deitado na nave central de
uma Igreja, sem olhos e sem as duas mãos, que tinha acabado de morrer pela 2ª
vez. Morrer pela 2ª vez? Mas como assim? Pois, é isso mesmo que vamos
desvendando ao longo do livro.
A
partir daquele início misterioso somos lançados numa intensa investigação quer
por parte da polícia como da advogada Rebecka Martinsson, uma antiga amiga
Viktor e da sua irmã, que se vê envolvida na investigação sem saber bem como. O
que é certo é que apesar de Rebecka ter ido ter com Sanna (a irmã do morto)
para lhe dar algum apoio, não consegue ficar de braços cruzados sem perceber
quem cometeu aquele crime atroz e porque o fez. Mas meter a foice em seara
alheia nem sempre dá bom resultado e as coisas podem tornar-se perigosas para
esta advogada curiosa.
Gostei
bastante deste policial. Já tinha lido outros livros do género em que a acção
demorava mais tempo a desenrolar-se, o que acaba por tornar este tipo de livro,
na minha opinião, menos interessante. Um livro destes precisa de ritmo, de
frenesim, de agitação, de mistério e de muitas pontas soltas para atar. E este
tem tudo isso. Querem saber porque é que Viktor era o homem que morreu pela 2ª
vez? Então sejam tão curiosos como eu e lancem-se à Aurora Boreal.
3 ***
Sinopse
O corpo de Viktor
Strandgård, o pregador mais famoso da Suécia, jaz mutilado numa remota igreja
de Kiruna, uma cidade do Norte submersa na eterna noite polar. A irmã da vítima
encontrou o cadáver, e a sombra da suspeita paira sobre ela. Desesperada, pede
ajuda à sua amiga de adolescência, a advogada Rebecka Martinsson, que vive em
Estocolmo e regressa à sua cidade natal disposta a descobrir quem é o culpado.
No decurso da investigação conta apenas com a cumplicidade de Anna-Maria Mella,
uma inteligente e peculiar polícia grávida. Em Kiruna, muita gente tem algo a
ocultar e a neve não tardará a tingir-se de sangue.
A PROTAGONISTA, Rebecka Martinsson, uma advogada que trabalha com a inspectora mais competente da brigada de Kiruna, Anna-Maria Mella. Um dos poucos casos na literatura policial onde as principais protagonistas são mulheres.
A ATMOSFERA de Kiruna envolve-nos por completo. Kiruna é uma povoação rural extremamente fria, onde durante seis meses ao ano fica envolvida pela obscuridade e o efeito que este frio e esta obscuridade tem nas personagens são descritos de forma fascinante.
A GRANDE DOSE DE SUSPENSE que nos oferece o argumento do livro, aumentado pelo solitário e frio da paisagem.
Uma escrita muito especial, enigmática e sugestiva.
A PROTAGONISTA, Rebecka Martinsson, uma advogada que trabalha com a inspectora mais competente da brigada de Kiruna, Anna-Maria Mella. Um dos poucos casos na literatura policial onde as principais protagonistas são mulheres.
A ATMOSFERA de Kiruna envolve-nos por completo. Kiruna é uma povoação rural extremamente fria, onde durante seis meses ao ano fica envolvida pela obscuridade e o efeito que este frio e esta obscuridade tem nas personagens são descritos de forma fascinante.
A GRANDE DOSE DE SUSPENSE que nos oferece o argumento do livro, aumentado pelo solitário e frio da paisagem.
Uma escrita muito especial, enigmática e sugestiva.
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