sexta-feira, 29 de março de 2013

Um relato da Morte na 1ª pessoa

Markus Zusak

"A Rapariga que Roubava Livros"


Páginas: 236
Editor: Editorial Presença
Opinião:

Que posso eu dizer-vos sobre este livro? Posso dizer que:

- É sobre a história de Liesel Meminger, uma rapariga que é entregue a uma família adoptiva;

- A acção decorre na época 2.ª Guerra Mundial, na Alemanha, mais concretamente na Rua Himmel (céu) onde vemos acontecer algumas atrocidades, fazendo com que esta não se pareça em nada ao que calculamos que seja a vida no céu;

- A leitura é um dos poucos prazeres que Liesel tem na vida e essa paixão acaba por dar cor à vida cinzenta dos habitantes daquela rua;

- Leisel cria um laço de forte amizade e cumplicidade com o seu pai adoptivo e gosta muito de o ouvir tocar acordeão;

- Os melhores amigos de Liesel são Rudy Stiener e Max, um judeu que em segredo vive na sua cave;

- O livro retrata de forma fiel a Alemanha nazi e os seguidores fiéis de Hitler mas dá-nos a conhecer também personagens que não compactuam com o regime e se revoltam contra o sistema instaurado; 

- O livro tem muitas palavras em alemão, permitindo-nos conhecer um pouco mais desta língua;

- A narradora deste romance é a Morte.

Apesar de tratar de um tema forte "A Rapariga que Roubava Livros" não é um livro pesado, embora nos faça reflectir naquele que foi um dos períodos mais negros da história mundial e na dificuldade que era ir contra uma horda de loucos, que queria dominar o mundo às custas do sofrimento alheio.

3 ***



Sinopse:
Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e  poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.

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